Rir (de si) é o melhor remédio?


Entre tantos ditados populares em nossa cultura, sempre me chamou a atenção ouvir que “rir é o melhor remédio”. Já ouvi pessoas falando em rir da própria desgraça, o que me parece uma coisa beeem diferente.

Afinal, qual é a função do humor em nossas vidas?

Rir pode mesmo servir de remédio?

Nossa saúde mental pode tirar proveito de um bom humor?



Tudo está caminhando como você espera quando, de repente, te pega desavisado. Isso é o riso. Uma reação de surpresa diante do inesperado.

A principal característica do humor é a possibilidade de ver as situações da vida por uma nova ótica, mais leve e fácil de digerir. Uma boa piada diz de forma curta e simples algo que todos compreendem rapidamente.

(um segundo de silêncio para aquela pessoa que nunca entende a piada)

O humor nos dá o poder de levar algo um pouco menos a sério. O melhor exemplo disso é uma resposta irônica de “uhum, sei” diante de alguém cheio de razão.

Ser capaz de contar pequenos desastres cotidianos de forma divertida é uma virtude. Os humoristas stand-up estão aí e não me deixam mentir sozinho.

Certamente esses desastres são fatos que trazem emoções negativas (como a raiva, por exemplo) no momento em que acontecem. Mas quando trazidos de volta a memória de forma descontraída, não se tornam sentimentos negativos (como a inferioridade) e a saúde mental agradece.

Um tema bem presente dentro da Psicologia é perceber a forma como as pessoas encaram suas vidas. Isso acontece porque nosso senso de realidade diz muito sobre quem somos.

É bem diferente ver algo ruim como uma desgraça ou um obstáculo, não é mesmo?

Quando falamos em ansiedade e depressão, estamos falando de extremos, estados de humor que causam sofrimento. Mas o humor em si é essencial, não dá para viver sem! O que muda entre um indivíduo e outro é o uso do humor em relação à realidade.

Fugir da realidade a todo o momento é impossível.

Mas abrir uma brecha e sorrir por um breve instante me parece uma ótima opção.




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